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Biografia

Frei Fabiano de Cristo

Frei Fabiano de Cristo

João Barbosa nasceu em Soengas, Portugal, em 8 de fevereiro de 1676. Sua infância foi simples: família pobre, cinco irmãs. Tomava conta do pequeno rebanho de ovelhas do pai.

Aos 28 anos, muda-se para a cidade do Porto onde se estabelece comercialmente. Com a febre do ouro no Brasil, decide partir para a região de Minas Gerais, onde adquiriu fortuna e mudou-se para Parati, no Rio de Janeiro. Fez parte da Irmandade do Santíssimo Sacramento e era conhecido em Parati pela sua generosidade.

Uma noite, depara-se com uma pessoa caída na rua vítima de assaltantes. Socorre-o encaminhando-o a uma estalagem e lá presta-lhe os socorros necessários. Durante a madrugada, através da boca do doente, escuta um chamado de Jesus Cristo para trabalhar em favor dos que sofrem.

Sem hesitar, doa todos os seus bens e se apresenta à portaria do Convento de São Bernardino de Sena, em Angra dos Reis.  Veste o hábito dos franciscanos trocando seu nome para Fabiano de Cristo.

Em 1705 é transferido para o Convento de Santo Antonio, no Rio de Janeiro, para exercer a função de porteiro. Condoía-se, particularmente, pelos pobres. Sempre havia um pedaço de pão, uma sopa, uma palavra certa, um sorriso tão luminoso, pronto e gentil, que os espíritos se desarmavam e se entregavam a Fabiano.

Por volta de 1708 recebe o cargo de enfermeiro e sem ter conhecimentos específicos trata dos necessitados, confiando na providência divina, através da caridade.

Realizou este trabalho no Convento durante aproximadamente 38 anos, apesar de trazer em si chagas de erisipela nas duas pernas. Nunca se ouviu dele o mínimo de queixa ou atitude de revolta, mesmo não havendo na época medicação que combatesse a dor ou a inflamação.

Em 14 de Outubro de 1747, com três dias de antecedência, prevê seu desencarne, avisando seus companheiros. Desencarna aos 71 anos, no dia 17 de outubro de 1747, mobilizando toda a cidade do Rio de Janeiro. 

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Dica de leitura

Livro: Há dois mil anos

Livro: Há dois mil anos

Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel

Uma história comovente que retrata a vida do senador romano chamado Públius Lentulus, uma das encarnações do autor espiritual.

Ao decorrer dos principais fatos relatados conhecemos a trajetória que percorre entre o poder e orgulho da vida pública romana e as demonstrações de fé, amor e caridade em momentos importantes da vida deste homem.

Uma trama de orgulho e vinganças que gera danos irreversíveis para a sua família e seu casamento, servindo de exemplo para o leitor de como nossas escolhas podem atrasar ou avançar nossa evolução espiritual, reforçando então, como podemos aproveitar as oportunidades divinas, muitas vezes em forma de provas duras, mas importantes para o nosso progresso.

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Psicografia

Alegria Vital

Alegria Vital

A alegria é um estado necessário para os Espíritos desenvolverem suas jornadas em equilíbrio e harmonia. Não me refiro a alegria fútil, baseada em preceitos equivocados, que busca o riso desequilibrado, mas a alegria da alma otimista, que se felicita ante a grandiosidade do Criador e das Suas obras.

                Quando estamos alegres produzimos substâncias energéticas capazes de oxigenar os pensamentos, revigorar o corpo físico e despertar a lucidez do Espírito. Permutamos as experiências e sensações em motivo de bem-estar, capaz de perceber a benevolência dos seres que habitam o Planeta, em conformidade de sintonia com a natureza e produzindo o sorriso natural que ilumina o interior e o entorno.

              Quantas almas permanecem desbotadas pela ausência da leveza trazida pela genuína alegria. Em função dessa palidez, deixam de enxergar a beleza da vida ou mesmo focam suas atenções nas atrocidades e nos desapontamentos que só consomem as energias vitais. Muitos abandonam a vida esgotados pela ausência do olhar alegre e otimista que reluz a projetar claridade às sombras.

           Que possamos, em nossa vida, praticar a alegria dos Espíritos conscientes, que conhecem e confiam na governança de Deus. O nosso Pai e Criador jamais nos abandona, sobretudo nas mais desafiadoras provações. Precisamos despertar nossos espíritos à leveza e à qualidade harmoniosa da alegria sincera e praticar a alegria pelos encontros com aqueles que nos cruzam os caminhos, abraçando-os alegremente, aceitando-os como são, alegrando-nos pelas nossas conquistas e superações pessoais, pelo reconhecimento da nossa trajetória evolutiva e ascendente. Necessitamos nos alegrar pelo bem-estar e pelas alegrias do nosso próximo, vibrando positivamente por cada êxito ou conquista alcançada por outrem. Assim, em harmonia com a alegria de Deus, perceberemos a dádiva de um Universo em perfeição.

                Que a alegria de Jesus habite e faça um Natal diariamente em nosso coração.

                Um abraço fraterno de um Espírito afetuoso que tanto vos quer bem.


                Obrigado pela colaboração.

 

(Psicografado em 11/03/2020)

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Poesia

Carta aos Discípulos

Carta aos Discípulos

Se és discípulo sincero
Do Evangelho de Jesus,
Não deponhas no caminho
O peso de tua cruz.

Pelo fato de estudantes
Nesse roteiro de amor,
Encontrarás na tarefa
O cálice de amargor.

É que quanto mais te eduques
Nos esforços da ascensão,
Mais sofrerás com o duelo
Do egoísmo e da ambição.

Pensando no Amado Mestre,
Ponderando-Lhe a bondade,
Hás de chorar, vendo o mundo
No abismo da iniquidade.

Terás dor, porquanto, em paz,
Nunca feres, nem odeias.
Sentido contigo próprio
As amarguras alheias

Vai com fé pelo caminho,
Leva a charrua na mão,
Trabalha, aguardando o Cristo
No fundo do coração.

Desconfia da lisonja.
Esquece o que te ofender.
Coloca, acima dos homens,
O que te cumpre fazer.

Sê modesto. Há sempre últimos
Que no céu serão primeiros.
Conta sempre com Jesus
Acima dos companheiros.

Um amigo terrestre pode
Ir com tua alma ao porvir,
Mas inda é o homem do mundo
Sempre disposto a cair.

Recebe com precaução
Quem te venha agradecer.
Por muita coisa que faças
Não fazes mais que o dever.

A palavra sem os atos
É um cofre sonoro e oco.
Evita o que fala muito
E edifica muito pouco.

Sê desprendido da posse,
Mas, conserva os bens da luz.
O discípulo conhece
Que ele próprio é de Jesus.

Nunca sirvas às discordias,
Ao despeito, à confusão.
Deves ser, por onde passes,
Ensino e consolação.

Sabendo que nada vales
Sem o amparo do Senhor,
Conquistarás no futuro
O seu Reinado de Amor.

Livro: Cartas do Evangelho

Francisco Candido Xavier pelo Espírito Casimiro Cunha