O acolhimento àqueles que surgem em nossos caminhos, tais como são, é tarefa daquele que vivencia o Evangelho do Cristo; mas para as obras de acolhimento precisa manter-se limpo o coração.
As tarefas de acolhimento, meus caros, consistem em extensa obra de caridade disseminada pelo Mestre Jesus. Nesse conjunto de vivência da caridade, por vezes acolhemos e tantas outras vezes somos acolhidos, de tal forma que o fluxo acolhido/acolhedor consiste em atividade transformadora onde todos são beneficiados.
Que tenhamos, portanto, nas atividades de acolhimento, a consciência de que o trabalho do acolhedor nada mais é do que moeda de compensação pelas tantas vezes em que fomos acolhidos e, além disso, sublime oportunidade de praticar virtudes que nos reconstituem o vigor energético, capaz de reorganizar nosso perispírito, livrando-nos das doenças físicas e mentais.
Algumas questões relativas às práticas de acolhimento, no entanto, devem ser observadas, a saber:
– a humildade no olhar aos sofrimentos dos acolhidos requer isenção de julgamentos, amorosidade e paciência;
– as verdades devem ser relativizadas às circunstâncias das práticas cometidas pelos espíritos acolhidos;
– a seriedade e a compaixão pelo outro deve tornar a atmosfera de atendimento harmônica e pacífica;
Retomemos as práticas cristãs nos trabalhos e busquemos a inspiração nas energias equilibradas da natureza, colhendo as boas flores que o jardim do acolhimento nos oferecerá.
Fiquemos em paz.
Um Espírito Amigo desta Casa.