Se o mundo agrava os problemas
Da prova que te retém,
Vencendo sombras e entraves,
Perdoa, fazendo o bem.
Caminhas de peito em chagas,
Sem mão amiga de alguém;
Todavia, embora a angústia,
Perdoa, fazendo o bem.
Pelo auxílio que estendeste,
Recebes a dor; porém,
Sublimando a própria vida,
Perdoa, fazendo o bem.
Suplicas de toda a parte
O apoio que nunca vem;
No entanto, não desesperes,
Perdoa, fazendo o bem.
Recolhes, por onde vais,
Derrotas, mágoas, desdém…
Mas, se esperas por vitórias,
Perdoa, fazendo o bem.
Oferta o melhor que possas,
Sem mesmo saber a quem.
Se a maldade surge em torno,
Perdoa, fazendo o bem.
Ponderando ou comentando,
Foge ao fel que o mal contém.
E ainda que o mal te fira,
Perdoa, fazendo o bem.
Padeces ingratidões,
No sonho que te sustém;
Contudo, segue adiante…
Perdoa, fazendo o bem.
Nos teus brados por socorro,
Toda resposta é: ninguém.
Mesmo assim, onde estiveres,
Perdoa, fazendo o bem.
Desafio ao coração:
É luta que não convém;
No exemplo da fonte humilde,
Perdoa, fazendo o bem.
Ante a divina ascensão,
Hoje e agora, aqui e além,
Quem segue com Jesus Cristo
Perdoa, fazendo o bem.
Por: Casimiro Cunha
Livro: Pássaros Humanos – psicografado por Francisco Cândido Xavier