Nas aflições

                    O sacrifício que a vida nos oferece será sempre sublime oportunidade de crescimento, de desenvolvimento de habilidades, de fortalecimento interior e de amadurecimento espiritual. Não nos lamentemos pelas nossas dificuldades; elas são agentes que nos impulsionam a Deus.

                    Meus caros irmãos, todos nós que habitamos as diversas esferas do planeta Terra, nos deparamos com inúmeros ciclos nos quais, por muitas vezes, vivenciamos dificuldades aparentemente intransponíveis ou insolucionáveis. Algumas tantas vezes, tomados pelo susto e pela tormenta dos acontecimentos, culpamos outros espíritos, quando não a nós mesmos. Outras vezes, praguejamos ao externo, incorrendo até no descontentamento proferido à Divindade. Nesses instantes, interrompemos o fluxo energético que recircula em nós, promovendo acúmulos de vibrações retidas que nos desestabilizam, abalando nosso perispírito e refletindo, na sequência, em enfermidades.

                    Percebemos, então, que as doenças, muitas vezes, decorrem do desequilíbrio energético perispiritual ocasionado pela não aceitação das adversidades que a vida nos oferece.

                    Reconhecer-nos enquanto espíritos sujeitos ao curso que inclui as adversidades em nossas trajetórias, é mecanismo elementar e fundamental para estarmos menos propensos às doenças da alma. Aceitarmos o que a vida nos oferece com amor e resignação nos projeta ao reconhecimento do modo natural de aprendizagem da pedagogia espiritual do Universo, onde aprendemos também com as dificuldades.

                    Acolhamos, meus irmãos do amor evangélico, não apenas as benesses e felicidades, mas também recebamos, com amor e paciência, nossas tormentas que tantas vezes carregam tristezas. Convidemos-las para entrar em nossas salas, conversemos pacientemente com elas, ouçamos o que tais amargos torvelinhos têm a nos dizer. Apresentemos-lhes o Evangelho de Jesus. Direcionemos as nossas dores ao pranto que se relava e assim se dissolve escorrendo terra adentro. Deixemos-las seguir em paz e, esses turbilhões, no mesmo repente, nos deixarão em límpidos dias, onde imperará o nosso ser engrandecido, repleto de amor e paz.

                    Estejamos cercados e abraçados pelo amor de Deus.

                                                                                                          Um Amigo desta Casa.