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Poesia

Legenda sublime

Legenda sublime

Alma querida, na Terra,
Se alguma prova te alcança,
Não te percas de esperança,
– Luz da fé sempre a brilhar…
Nas crises mais dolorosas,
feitas de dores extremas,
Nunca te aflijas. Não temas,
Nem deixes de confiar.

Se o pessimismo aparece,
Mostrando trevas e males,
Nada comentes, nem fales
Fora da crença no Bem;
Pensa em Deus, lembrando o Sol
Que, em tudo, acalenta a vida,
Do sábio à erva escondida,
Sem menosprezar a ninguém.

Nas mágoas, nos desenganos,
Nos desgostos, nas doenças,
Nas horas duras ou tensas,
Em que te dás ao dever;
Na menor tribulação,
Muito mais que se imagina
A Providência Divina
É luz a te socorrer.

Se sofres, não esmoreças,
Trabalha e serve, alma boa,
Seja onde for, abençoa
Ao lutas em derredor;
Na alegria ou no infortúnio,
Guarda na fé que te anime
Esta legenda sublime:
– Deus nos dá sempre o melhor.


Livro Coração e vida – Maria Dolores por Chico Xavier

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Psicografia

Jardim de luz

Jardim de luz

             Em uma das tantas passagens relatadas no Evangelho de Mateus, o Mestre e amigo Jesus mencionou: “Brilhe a vossa luz”. O Cristo, como bom espírito conhecedor da alma humana, enxergava nossas virtudes como fonte transformadora capaz de iluminar o entorno e a nós mesmos.
             Nesta noite, trazemos o sublime convite ao autoconhecimento; aquele que encontra na beleza da alma a harmonia para transformar-se. Não conseguiremos encontrar as forças necessárias para a transformação espiritual olhando apenas para as nossas imperfeições. É pela vivência e experimentação do que há de mais bonito em nós que conseguiremos transformar aquilo que ainda nos é imperfeito.
             Não é vergonha nem arrogância enxergarmos nossas virtudes com a mesma benevolência e caridade com que enxergamos as nossas imperfeições. Ao mesmo tempo, não é sinônimo de humildade relembrarmos a todo instante o quão somos imperfeitos. O autoconhecimento, sereno e pacífico, torna-nos mais próximos da nossa essência divina, que se utiliza da claridade para iluminar a escuridão.
             Portanto, meus caros, ouçamos o Cristo e façamos brilhar a nossa luz. Que ela resplandeça e seja claridade que une os que nos cercam, a fim de que estes também se iluminem pelas próprias virtudes, propagando ao Universo centelhas de rara beleza.
            Vivenciemos o Evangelho, iluminem, floresçam. É na beleza e no perfume dos jardins que se encontram as energias para transformar pântanos em florestas.
            Permaneçam na paz do Cristo.


Adolfo Martins – Colaborador da equipe de transformação pelo bem que auxilia nesta Casa.

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Dica de leitura

Livro: “Viagem Espírita em 1.862 e outras viagens de Kardec”

Livro: “Viagem Espírita em 1.862 e outras viagens de Kardec”

Allan Kardec


          O livro descreve as viagens de Allan Kardec nos anos de 1.860, 1.861, 1.862, 1.864 e 1.867 em que, aproveitando as férias da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, deslocou-se da capital para visitar algumas cidades do interior da França e da Bélgica. Conforme palavras do Codificador essas viagens tinham um duplo objetivo: “oferecer orientações onde destas houvesse necessidade e, ao mesmo tempo, nos instruirmos a nós mesmos”.
          É a história viva do Espiritismo, o lançamento das primeiras balizas do Movimento Espírita em solo europeu.
          O livro é de extrema importância para o Movimento Espírita por conter orientações e advertências, além de constituir um documento de relevância histórica para todos os espíritas.

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Biografia

Cairbar de Souza Schutel

Cairbar de Souza Schutel

           Cairbar de Souza Schutel nasceu em 22 de Setembro de 1868 -RJ. Ficou órfão de pai e mãe antes dos dez anos e seu avô tomou- o a seus cuidados, matriculando-o no Imperial Colégio de Pedro II. Não desejando continuar os estudos, abandonou a casa do avô e se tornou independente, trabalhando como prático de farmácia.
            Aos 17 anos já era um bom prático de farmácia. Mudou-se para Matão – SP, onde contribuiu de modo decisivo para que o lugar subisse à categoria de Município, tendo sido o primeiro Presidente de sua Câmara Municipal.
           Conheceu o Espiritismo através de um amigo cujo pai era espírita. A partir daí escreveu livros doutrinários, fundou o Centro Espírita Amantes da Pobreza, o jornal O Clarim e lançou a Revista Internacional de Espiritismo.
           Foi incansável propagador da Doutrina Espírita.
           Desencarnou em 30 de Janeiro de 1938, em Matão, de aneurisma cerebral.

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Poesia

Regra da Paz

Regra da Paz

Casimiro Cunha

Se queres felicidade,
Apoio, harmonia e luz,
Atende às indicações
De Nosso Senhor Jesus.

Começa o dia pensando
No que o dever determina
E roga, em prece, o roteiro
Da Providência Divina.

Ergue-te cedo e, se falas,
Fala a palavra do bem,
Auxilia a quem te ouça,
Não penses mal de ninguém.

Se existe algum desarranjo
Em teu distrito de ação,
Conserta sem reclamar,
Não te lamentes em vão.

Trabalha quanto puderes
Que o trabalho é vida, em suma…
O tempo, igual para todos,
Não para de forma alguma.

Se alguém te ofende, perdoa.
Quem de nós não pode errar?
Não há quem colha perdão
Se não sabe perdoar.

Trilhando a estrada sombria
De prova, rixa, pesar,
Acende a luz da concórdia
E ajuda sem perguntar.

Problemas? Dificuldades?
Aprendamos dia-a-dia
Que a bondade tudo entende,
Quem serve não se transvia.

Onde a tristeza se espalha
E a vida se ilude ou cansa,
Sê caridade, consolo,
Serenidade, esperança…

E, chegando cada noite
Por sobre os caminhos teus,
Dormirás tranquilamente
Na bênção do amor de Deus.

Livro Poetas Redivivos
Espíritos diversos psicografado por Chico Xavier

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Psicografia

Acolhimento

Acolhimento

    O acolhimento àqueles que surgem em nossos caminhos, tais como são, é tarefa daquele que vivencia o Evangelho do Cristo; mas para as obras de acolhimento precisa manter-se limpo o coração.

    As tarefas de acolhimento, meus caros, consistem em extensa obra de caridade disseminada pelo Mestre Jesus. Nesse conjunto de vivência da caridade, por vezes acolhemos e tantas outras vezes somos acolhidos, de tal forma que o fluxo acolhido/acolhedor consiste em atividade transformadora onde todos são beneficiados.

    Que tenhamos, portanto, nas atividades de acolhimento, a consciência de que o trabalho do acolhedor nada mais é do que moeda de compensação pelas tantas vezes em que fomos acolhidos e, além disso, sublime oportunidade de praticar virtudes que nos reconstituem o vigor energético, capaz de reorganizar nosso perispírito, livrando-nos das doenças físicas e mentais.

    Algumas questões relativas às práticas de acolhimento, no entanto, devem ser observadas, a saber:

– a humildade no olhar aos sofrimentos dos acolhidos requer isenção de julgamentos, amorosidade e paciência;

– as verdades devem ser relativizadas às circunstâncias das práticas cometidas pelos espíritos acolhidos;

– a seriedade e a compaixão pelo outro deve tornar a atmosfera de atendimento harmônica e pacífica;

    Retomemos as práticas cristãs nos trabalhos e busquemos a inspiração nas energias equilibradas da natureza, colhendo as boas flores que o jardim do acolhimento nos oferecerá.

Fiquemos em paz.

Um Espírito Amigo desta Casa.

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Dica de leitura

Livro: Voltei

Livro: Voltei

Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Irmão Jacob
            O livro fala sobre o desencarne de Frederico Figner, pseudônimo do autor, o momento do desligamento, os sentimentos e pensamentos que o invadem e como, aos poucos, vai tomando consciência de tudo.
            Foi recebido no mundo espiritual por sua filha e, embora fosse um trabalhador do Espiritismo, seu desenlace não foi tão simples como imaginava. No capítulo “ATENÇÕES PERTURBADORAS” descreve, em detalhes, suas aflições.
            Com a ajuda de Espíritos amigos prossegue sua caminhada analisando, constantemente, o que pensava ser e a luz que imaginava ter.
            Por muitos momentos abate-se, sendo sempre instruído ao descanso, calma e prece.
            Trata-se de uma leitura leve e prazerosa, repleta de reflexões para quem busca o autoconhecimento e também explica, com muita clareza, o que se pode encontrar após o desencarne.

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Biografia

Anália Emília Franco

Anália Emília Franco

         Nasceu em Resende, Rio de Janeiro, em 01 de fevereiro de 1.853.

         Desde muito cedo aprendeu a ler. Sua mãe, professora, a incentivou a seguir a carreira do Magistério.

          Anália, com o passar dos anos, com os estudos e a prática do trabalho, entendeu que a sala de aula era muito pequena para seus projetos. Ela queria ajudar a melhorar a qualidade de vida das crianças.

          Passa, então, a atuar na sociedade fundando escolas, abrigos, recolhendo filhos de escravos libertos pela Lei do Ventre Livre e crianças abandonadas, dando-lhes amor, carinho e educando-os para a vida.

          Estudou Jornalismo, colaborando em jornais e revistas. Escreveu três livros, textos, contos, peças teatrais, poemas e letras musicais.

          Deixou um extenso legado de dedicação, respeito e amor ao próximo. Fundou, entre outras coisas, setenta e uma escolas, uma Colônia Regeneradora para jovens e mulheres e uma orquestra.

          Desencarnou em 20 de janeiro de 1919, aos sessenta e seis anos, de gripe espanhola.

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Poesia

Carta de Ano Bom

Carta de Ano Bom

(Casimiro Cunha)

 

Entre um ano que se vai

E outro que se inicia,

Há sempre nova esperança,

Promessas de Novo Dia…

 

Considera, meu amigo,

Nesse pequeno intervalo,

Todo o tempo que perdeste

Sem saber aproveitá-lo.

 

Se o ano que se passou

Foi de amargura sombria,

Nosso Pai nunca está pobre

Do pão de luz da alegria.

 

Pensa que o céu não esquece

A mais ínfima criatura,

E espera resignado

O teu quinhão de ventura.

 

Considera, sobretudo

Que precisas, doravante,

Encher de luz todo o tempo

Da bênção de cada instante.

 

Sê na oficina do mundo

O mais perfeito aprendiz,

Pois somente no trabalho

Teu ano será feliz.

 

Não esperes recompensas

Dos bens da vida terrestre,

Mas, volve toda a esperança

À paz do Divino Mestre.

 

Nas lutas, nunca te esqueças

Deste conceito profundo:

O reino da luz de Cristo

Não reside neste mundo.

 

Não olhes faltas alheias,

Não julgues o teu irmão,

Vive apenas no trabalho

De tua renovação.

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Psicografia

Nas aflições

Nas aflições

                    O sacrifício que a vida nos oferece será sempre sublime oportunidade de crescimento, de desenvolvimento de habilidades, de fortalecimento interior e de amadurecimento espiritual. Não nos lamentemos pelas nossas dificuldades; elas são agentes que nos impulsionam a Deus.

                    Meus caros irmãos, todos nós que habitamos as diversas esferas do planeta Terra, nos deparamos com inúmeros ciclos nos quais, por muitas vezes, vivenciamos dificuldades aparentemente intransponíveis ou insolucionáveis. Algumas tantas vezes, tomados pelo susto e pela tormenta dos acontecimentos, culpamos outros espíritos, quando não a nós mesmos. Outras vezes, praguejamos ao externo, incorrendo até no descontentamento proferido à Divindade. Nesses instantes, interrompemos o fluxo energético que recircula em nós, promovendo acúmulos de vibrações retidas que nos desestabilizam, abalando nosso perispírito e refletindo, na sequência, em enfermidades.

                    Percebemos, então, que as doenças, muitas vezes, decorrem do desequilíbrio energético perispiritual ocasionado pela não aceitação das adversidades que a vida nos oferece.

                    Reconhecer-nos enquanto espíritos sujeitos ao curso que inclui as adversidades em nossas trajetórias, é mecanismo elementar e fundamental para estarmos menos propensos às doenças da alma. Aceitarmos o que a vida nos oferece com amor e resignação nos projeta ao reconhecimento do modo natural de aprendizagem da pedagogia espiritual do Universo, onde aprendemos também com as dificuldades.

                    Acolhamos, meus irmãos do amor evangélico, não apenas as benesses e felicidades, mas também recebamos, com amor e paciência, nossas tormentas que tantas vezes carregam tristezas. Convidemos-las para entrar em nossas salas, conversemos pacientemente com elas, ouçamos o que tais amargos torvelinhos têm a nos dizer. Apresentemos-lhes o Evangelho de Jesus. Direcionemos as nossas dores ao pranto que se relava e assim se dissolve escorrendo terra adentro. Deixemos-las seguir em paz e, esses turbilhões, no mesmo repente, nos deixarão em límpidos dias, onde imperará o nosso ser engrandecido, repleto de amor e paz.

                    Estejamos cercados e abraçados pelo amor de Deus.

                                                                                                          Um Amigo desta Casa.