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Biografia

Auta de Souza

Auta de Souza

Auta de Souza nasceu em 12 de setembro de 1876, em Macaíba, RN.  Aos três anos de idade ficou órfã de mãe e, um ano depois, de pai.

Auta e seus quatro irmãos foram criados pela avó materna, em Recife, onde foi alfabetizada por professores particulares. Sua avó, embora analfabeta, conseguiu proporcionar boa educação aos netos.

Aos onze anos, foi matriculada num colégio católico onde aprendeu Francês, Inglês, Literatura, Música e Desenho. Lia obras originais de Victor Hugo, Lamartine, Fénelon entre outros.

Aos doze anos, seu irmão desencarna por um acidente causado pela explosão de um candeeiro.

Auta teve que deixar o colégio, em razão do diagnóstico de tuberculose, aos 14 anos, mas continuou sua formação intelectual sozinha, tornando-se autodidata.

Começou a escrever poemas em 1893, em Macaíba. Em reuniões dançantes em residências de amigos, declamava versos de seus poetas preferidos, improvisando alguns.

A partir dos dezoito anos, passou a colaborar com várias revistas, periódicos e jornais da época, publicando seus poemas. Sua poesia passou a circular nas rodas literárias de todo o país, despertando grande interesse. Tornou-se a poetisa norte-rio-grandense mais conhecida fora do Estado.

 Auta encerrou seu primeiro livro de manuscritos, intitulado Dhálias, que mais tarde seria publicado sob o título de Horto, cujo prefácio foi escrito por Olavo Bilac.

Auta de Souza desencarnou em 7 de fevereiro de 1901, aos 24 anos, em Natal, em decorrência de tuberculose.

Foi em 1932, através de Chico Xavier que pela primeira vez revelou sua identidade, transmitindo suas poesias na primeira edição do livro Parnaso de Além-Túmulo.

Em 1936 a Academia Norte-Riograndense de Letras instalou a poltrona XX dedicada a Auta de Souza, em reconhecimento à sua obra.

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Dica de leitura

Livro: Boa Nova

Livro: Boa Nova

Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Humberto de Campos

 

            Nessa obra ímpar, o Espírito Humberto de Campos, nos traz, através da psicografia de Chico Xavier, 30 capítulos emocionantes, onde nos conta passagens da vida de Jesus.

            Em cada momento descrito podemos sentir a beleza e a magnitude da presença de Jesus. É como se estivéssemos junto ao Mestre, sentindo sua presença, seguindo seus passos, ouvindo suas palavras.

            Um ótimo livro para quem quer conhecer, de perto, alguns personagens que conviveram com Jesus e aprender mais sobre seus ensinamentos.

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Psicografia

Silêncio ante as tormentas ruidosas

Silêncio ante as tormentas ruidosas

Quando o barulho atordoante dos ruídos do mundo vos levar a momentos de tormenta, recolhei-vos ao silêncio, dedicai-vos a ouvir apenas os sons da natureza e seus reflexos de ressonância em vossas almas.

     Meus caros irmãos, na atmosfera terrestre atual despontam inúmeras notícias, diariamente, carregadas de tristezas e insatisfações. O barulho dos veículos apressados, aliado aos ruídos das ondas de pensamentos descoordenados e tumultuados, projetam nas nossas mentes cenas atordoantes que fomentam o cansaço ou até mesmo a depressão. Inúmeros são os Espíritos arrebatados por estas correntes barulhentas que perdem o rumo de suas trajetórias e são levados por terrenos desconhecidos e inseguros, tal como vulneráveis, em enxurradas catastróficas.

         O barulho, portanto, passou a protagonizar os espaços habitados da Terra, trazendo o desconforto como estado comum. Inúmeros são os Espíritos atordoados que não conseguiram manter-se em equilíbrio ante os constantes fluxos de tormentas ruidosas.

            Há um antídoto capaz de asserenar as almas, conduzindo-as ao equilíbrio e mantendo-as para o prosseguimento harmonioso e pacífico de suas trajetórias. Todos vós podeis recorrer ao abundante e acessível recurso do silêncio, da calmaria promovida pelo cessar do barulho. O silêncio pode ser alcançado, simplesmente, pelo desligar-se, ainda que momentaneamente, dos barulhos do mundo.

           Nesses momentos de rara beleza alcançados pelo silêncio das almas é que conseguimos nos reconectar com Deus, sentindo-Lhe a influência benéfica, asserenando as inquietações e respondendo aos questionamentos, antes sem solução aparente.

          Buscai, para tanto, as benesses da natureza: o recorrente som das ondas do mar, o feliz cantar dos pássaros, a claridade das estrelas em noite escura, a água a seguir seu curso em corredeira. Esses cenários promovem-nos tranquilidade e nos elevam à atmosfera transformadora para o despertar.

       Observai-vos em silêncio e vereis que o Universo emite seus próprios sons.  Quão belos eles são!


          Estejais na paz de Deus.

 

          Um Espírito Amigo

 

 (Psicografado em 23/10/2019)

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Poesia

Perdão

Perdão

Se o mundo agrava os problemas

Da prova que te retém,

Vencendo sombras e entraves,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Caminhas de peito em chagas,

Sem mão amiga de alguém;

Todavia, embora a angústia,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Pelo auxílio que estendeste,

Recebes a dor; porém,

Sublimando a própria vida,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Suplicas de toda a parte

O apoio que nunca vem;

No entanto, não desesperes,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Recolhes, por onde vais,

Derrotas, mágoas, desdém…

Mas, se esperas por vitórias,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Oferta o melhor que possas,

Sem mesmo saber a quem.

Se a maldade surge em torno,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Ponderando ou comentando,

Foge ao fel que o mal contém.

E ainda que o mal te fira,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Padeces ingratidões,

No sonho que te sustém;

Contudo, segue adiante…

Perdoa, fazendo o bem.

 

Nos teus brados por socorro,

Toda resposta é: ninguém.

Mesmo assim, onde estiveres,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Desafio ao coração:

É luta que não convém;

No exemplo da fonte humilde,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Ante a divina ascensão,

Hoje e agora, aqui e além,

Quem segue com Jesus Cristo

Perdoa, fazendo o bem.

 

Por: Casimiro Cunha

Livro: Pássaros Humanos – psicografado por Francisco Cândido Xavier

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Biografia

Frei Fabiano de Cristo

Frei Fabiano de Cristo

João Barbosa nasceu em Soengas, Portugal, em 8 de fevereiro de 1676. Sua infância foi simples: família pobre, cinco irmãs. Tomava conta do pequeno rebanho de ovelhas do pai.

Aos 28 anos, muda-se para a cidade do Porto onde se estabelece comercialmente. Com a febre do ouro no Brasil, decide partir para a região de Minas Gerais, onde adquiriu fortuna e mudou-se para Parati, no Rio de Janeiro. Fez parte da Irmandade do Santíssimo Sacramento e era conhecido em Parati pela sua generosidade.

Uma noite, depara-se com uma pessoa caída na rua vítima de assaltantes. Socorre-o encaminhando-o a uma estalagem e lá presta-lhe os socorros necessários. Durante a madrugada, através da boca do doente, escuta um chamado de Jesus Cristo para trabalhar em favor dos que sofrem.

Sem hesitar, doa todos os seus bens e se apresenta à portaria do Convento de São Bernardino de Sena, em Angra dos Reis.  Veste o hábito dos franciscanos trocando seu nome para Fabiano de Cristo.

Em 1705 é transferido para o Convento de Santo Antonio, no Rio de Janeiro, para exercer a função de porteiro. Condoía-se, particularmente, pelos pobres. Sempre havia um pedaço de pão, uma sopa, uma palavra certa, um sorriso tão luminoso, pronto e gentil, que os espíritos se desarmavam e se entregavam a Fabiano.

Por volta de 1708 recebe o cargo de enfermeiro e sem ter conhecimentos específicos trata dos necessitados, confiando na providência divina, através da caridade.

Realizou este trabalho no Convento durante aproximadamente 38 anos, apesar de trazer em si chagas de erisipela nas duas pernas. Nunca se ouviu dele o mínimo de queixa ou atitude de revolta, mesmo não havendo na época medicação que combatesse a dor ou a inflamação.

Em 14 de Outubro de 1747, com três dias de antecedência, prevê seu desencarne, avisando seus companheiros. Desencarna aos 71 anos, no dia 17 de outubro de 1747, mobilizando toda a cidade do Rio de Janeiro. 

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Dica de leitura

Livro: Há dois mil anos

Livro: Há dois mil anos

Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel

Uma história comovente que retrata a vida do senador romano chamado Públius Lentulus, uma das encarnações do autor espiritual.

Ao decorrer dos principais fatos relatados conhecemos a trajetória que percorre entre o poder e orgulho da vida pública romana e as demonstrações de fé, amor e caridade em momentos importantes da vida deste homem.

Uma trama de orgulho e vinganças que gera danos irreversíveis para a sua família e seu casamento, servindo de exemplo para o leitor de como nossas escolhas podem atrasar ou avançar nossa evolução espiritual, reforçando então, como podemos aproveitar as oportunidades divinas, muitas vezes em forma de provas duras, mas importantes para o nosso progresso.

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Psicografia

Alegria Vital

Alegria Vital

A alegria é um estado necessário para os Espíritos desenvolverem suas jornadas em equilíbrio e harmonia. Não me refiro a alegria fútil, baseada em preceitos equivocados, que busca o riso desequilibrado, mas a alegria da alma otimista, que se felicita ante a grandiosidade do Criador e das Suas obras.

                Quando estamos alegres produzimos substâncias energéticas capazes de oxigenar os pensamentos, revigorar o corpo físico e despertar a lucidez do Espírito. Permutamos as experiências e sensações em motivo de bem-estar, capaz de perceber a benevolência dos seres que habitam o Planeta, em conformidade de sintonia com a natureza e produzindo o sorriso natural que ilumina o interior e o entorno.

              Quantas almas permanecem desbotadas pela ausência da leveza trazida pela genuína alegria. Em função dessa palidez, deixam de enxergar a beleza da vida ou mesmo focam suas atenções nas atrocidades e nos desapontamentos que só consomem as energias vitais. Muitos abandonam a vida esgotados pela ausência do olhar alegre e otimista que reluz a projetar claridade às sombras.

           Que possamos, em nossa vida, praticar a alegria dos Espíritos conscientes, que conhecem e confiam na governança de Deus. O nosso Pai e Criador jamais nos abandona, sobretudo nas mais desafiadoras provações. Precisamos despertar nossos espíritos à leveza e à qualidade harmoniosa da alegria sincera e praticar a alegria pelos encontros com aqueles que nos cruzam os caminhos, abraçando-os alegremente, aceitando-os como são, alegrando-nos pelas nossas conquistas e superações pessoais, pelo reconhecimento da nossa trajetória evolutiva e ascendente. Necessitamos nos alegrar pelo bem-estar e pelas alegrias do nosso próximo, vibrando positivamente por cada êxito ou conquista alcançada por outrem. Assim, em harmonia com a alegria de Deus, perceberemos a dádiva de um Universo em perfeição.

                Que a alegria de Jesus habite e faça um Natal diariamente em nosso coração.

                Um abraço fraterno de um Espírito afetuoso que tanto vos quer bem.


                Obrigado pela colaboração.

 

(Psicografado em 11/03/2020)

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Poesia

Carta aos Discípulos

Carta aos Discípulos

Se és discípulo sincero
Do Evangelho de Jesus,
Não deponhas no caminho
O peso de tua cruz.

Pelo fato de estudantes
Nesse roteiro de amor,
Encontrarás na tarefa
O cálice de amargor.

É que quanto mais te eduques
Nos esforços da ascensão,
Mais sofrerás com o duelo
Do egoísmo e da ambição.

Pensando no Amado Mestre,
Ponderando-Lhe a bondade,
Hás de chorar, vendo o mundo
No abismo da iniquidade.

Terás dor, porquanto, em paz,
Nunca feres, nem odeias.
Sentido contigo próprio
As amarguras alheias

Vai com fé pelo caminho,
Leva a charrua na mão,
Trabalha, aguardando o Cristo
No fundo do coração.

Desconfia da lisonja.
Esquece o que te ofender.
Coloca, acima dos homens,
O que te cumpre fazer.

Sê modesto. Há sempre últimos
Que no céu serão primeiros.
Conta sempre com Jesus
Acima dos companheiros.

Um amigo terrestre pode
Ir com tua alma ao porvir,
Mas inda é o homem do mundo
Sempre disposto a cair.

Recebe com precaução
Quem te venha agradecer.
Por muita coisa que faças
Não fazes mais que o dever.

A palavra sem os atos
É um cofre sonoro e oco.
Evita o que fala muito
E edifica muito pouco.

Sê desprendido da posse,
Mas, conserva os bens da luz.
O discípulo conhece
Que ele próprio é de Jesus.

Nunca sirvas às discordias,
Ao despeito, à confusão.
Deves ser, por onde passes,
Ensino e consolação.

Sabendo que nada vales
Sem o amparo do Senhor,
Conquistarás no futuro
O seu Reinado de Amor.

Livro: Cartas do Evangelho

Francisco Candido Xavier pelo Espírito Casimiro Cunha