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Biografia

Zilda Gama

Zilda Gama

Médium notável, pedagoga, escritora e ativista pelos direitos da mulher.

 

Zilda Gama nasceu em 11/03/1878, no município de Juiz de Fora (MG).  Desde pequenina demonstrou sua inteligência. Órfã de pai e mãe, cuidou de seus irmãos e, posteriormente, de seus sobrinhos. Ainda jovem, começou a perceber a presença dos Espíritos. Recebeu mensagens consoladoras de seu pai e de sua irmã, já desencarnados, que a fizeram compreender que estava sendo chamada a grandes tarefas e precisava usar o tempo com mais disciplina para servir a Jesus.

Em 1912, recebeu uma mensagem assinada por Allan Kardec, que começou a propiciar-lhe diversos ensinamentos, os quais foram impressos no livro “Diário dos Invisíveis”. Os Espíritos a informaram que ele próprio a orientaria, aconselhando-a e esclarecendo-a pelas provas passadas e que estas confirmavam a sua dedicação ao trabalho que iria realizar. Diziam que ela psicografaria uma novela. Espantou-se quando viu a assinatura do comunicante: Victor Hugo.

Em 1931, quando no Brasil houve intenso movimento em prol dos direitos femininos, Zilda Gama foi autora de tese sobre o voto feminino, aprovada oficialmente no Congresso Nacional, o que influiu na Constituição de 1932, quando a mulher teve reconhecido o seu direito de votar.

Seu caráter, sua devoção à educação e dedicação pelos direitos humanos, com especial atenção às pessoas mais carentes, credenciam sua biografia ao patamar de uma grande agente humanitária. Como médium foi a pioneira, no país, a receber tão vasta literatura do mundo espiritual. Desencarnou aos 91 anos, em 10/01/ 1969.

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Canuto de Abreu

Canuto de Abreu

Silvino Canuto de Abreu

Foi expositor da Primeira Turma da Escola de Aprendizes do Evangelho. Profundo conhecedor da História do Espiritismo no Brasil e no mundo, escreveu, em 1936, vários artigos abordando com profundeza de detalhes na atuação do Dr. Adolfo Bezerra de Menezes à frente do movimento espírita em nosso país.

 Canuto contou o esforço enorme que desenvolvera objetivando a versão dos Evangelhos de João, inclusive do Grego arcaico, para o Português.

Dr. Canuto logo cedo se acostumou aos fenômenos mediúnicos, encarando-os como fatos normais em sua vida já que, segundo ele, toda a família era constituída de médiuns.

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Vinícius

Vinícius

Pedro de Camargo adotou o pseudônimo de Vinícius que usou por mais de 50 anos. Nasceu em Piracicaba – SP, no dia 07 de maio de 1878.    

Desde muito jovem abraçou com entusiasmo a Doutrina Espírita, tendo fundado e dirigido, em sua terra natal, a instituição espírita ¨Fora da caridade não há salvação¨. Por muitos anos presidiu também a ¨Sociedade de Cultura Artística¨, na mesma cidade.

Orador de grande mérito, por muito tempo ocupou a tribuna da Federação Espírita do Estado de São Paulo. Teve participação destacada nos esforços em prol da unificação do Movimento Espírita Brasileiro que culminaria com a criação do Conselho Federativo Nacional.

Na tribuna, na imprensa, no rádio e nos livros, seu saber e suas virtudes estiveram presentes, esclarecendo-nos e convidando-nos à ascensão espiritual.

Desencarnou no dia 11 de outubro de 1966, na cidade de São Paulo.

Obras do Autor: Em torno do Mestre, Na Seara do Mestre, Nas Pegadas do Mestre, Na Escola do Mestre, O Mestre na Educação e Em Busca do Mestre.

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Cairbar de Souza Schutel

Cairbar de Souza Schutel

           Cairbar de Souza Schutel nasceu em 22 de Setembro de 1868 -RJ. Ficou órfão de pai e mãe antes dos dez anos e seu avô tomou- o a seus cuidados, matriculando-o no Imperial Colégio de Pedro II. Não desejando continuar os estudos, abandonou a casa do avô e se tornou independente, trabalhando como prático de farmácia.
            Aos 17 anos já era um bom prático de farmácia. Mudou-se para Matão – SP, onde contribuiu de modo decisivo para que o lugar subisse à categoria de Município, tendo sido o primeiro Presidente de sua Câmara Municipal.
           Conheceu o Espiritismo através de um amigo cujo pai era espírita. A partir daí escreveu livros doutrinários, fundou o Centro Espírita Amantes da Pobreza, o jornal O Clarim e lançou a Revista Internacional de Espiritismo.
           Foi incansável propagador da Doutrina Espírita.
           Desencarnou em 30 de Janeiro de 1938, em Matão, de aneurisma cerebral.

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Anália Emília Franco

Anália Emília Franco

         Nasceu em Resende, Rio de Janeiro, em 01 de fevereiro de 1.853.

         Desde muito cedo aprendeu a ler. Sua mãe, professora, a incentivou a seguir a carreira do Magistério.

          Anália, com o passar dos anos, com os estudos e a prática do trabalho, entendeu que a sala de aula era muito pequena para seus projetos. Ela queria ajudar a melhorar a qualidade de vida das crianças.

          Passa, então, a atuar na sociedade fundando escolas, abrigos, recolhendo filhos de escravos libertos pela Lei do Ventre Livre e crianças abandonadas, dando-lhes amor, carinho e educando-os para a vida.

          Estudou Jornalismo, colaborando em jornais e revistas. Escreveu três livros, textos, contos, peças teatrais, poemas e letras musicais.

          Deixou um extenso legado de dedicação, respeito e amor ao próximo. Fundou, entre outras coisas, setenta e uma escolas, uma Colônia Regeneradora para jovens e mulheres e uma orquestra.

          Desencarnou em 20 de janeiro de 1919, aos sessenta e seis anos, de gripe espanhola.

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Maria Dolores

Maria Dolores

Maria de Carvalho Leite nasceu em 10 de setembro de 1901, na cidade de Bonfim de Feira, na Bahia.

Formou-se professora, lecionou em escolas de Salvador e sempre demonstrou grande interesse pela produção literária.

Na década de 1940 conheceu o Espiritismo em Itabuna, quando já estava casada. O casal não teve   filhos biológicos e adotou seis meninas.

Durante 13 anos foi colaboradora assídua de jornais baianos.  Dedicando-se à Arte Poética foi redatora-chefe da página feminina do Jornal O Imparcial, além de colaborar no Diário de Notícias. Sua produção poética foi reunida no livro Ciranda da Vida, cujos recursos financeiros foram destinados à instituição Lar das Meninas sem Lar.

Fez parte da Legião da Boa Vontade, a quem prestou serviços de beneficência, partilhando seus dons de pianista, pintora, costureira, além de ser dedicada à arte culinária.

Fundou um grupo chamado “As Mensageiras do Bem” que distribuía farnéis, roupas, remédios e etc, em bairros carentes.

Foi colaboradora da obra de Divaldo Pereira Franco na Mansão do Caminho, trabalhando como voluntária e doando as primeiras louças e talheres da instituição.

Desencarnou em 27 de julho de 1958, em Salvador, vitimada por grave pneumonia.

Anos depois, a poetisa começou a transmitir lindos poemas do mundo espiritual, através de médiuns como Francisco Cândido Xavier e Divaldo Franco. Entre suas obras estão: Antologia da Espiritualidade, Coração e Vida, A vida Conta, Caminhos do Amor, Alma e Vida e Dádivas de Amor.

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Francisco Peixoto Lins –  Peixotinho

Francisco Peixoto Lins –  Peixotinho

Peixotinho nasceu em 1.º de fevereiro de 1905, em Pacatuba, Ceará. Ficou órfão de pai e mãe bem cedo e passou a conviver com seus tios maternos, em Fortaleza.

Iniciou sua educação em um seminário. Nessa ocasião lhe vieram dúvidas sobre a existência de Deus, pois, não aceitava as explicações que recebia para justificar as diferenças sociais tão marcantes no Nordeste daquela época. Começou a descrer da bondade de Deus e de sua existência até que, mais tarde, a Doutrina Espírita lhe deu as explicações que faltavam.

Com pouco mais de 15 anos, manifestaram-se nele os primeiros indícios de sua mediunidade, sob forma de terrível obsessão. Envolvido por Espíritos menos esclarecidos era tomado de estranha força física, apesar de ser fisicamente franzino.

Sofreu uma paralisia que o prostrou no leito durante seis meses. Nessa fase, um de seus vizinhos, membro de uma Sociedade Espírita de Fortaleza, solicitou permissão à família para prestar-lhe socorro espiritual, com passes e preces. Em menos de um mês, apresentava sensível melhora em seu estado físico. Foi então que começou seu aprendizado na Doutrina Espírita e Vianna de Carvalho foi um dos seus abnegados orientadores.

Em 1926, foi convocado para o serviço militar e transferido para Macaé, no Rio de Janeiro, onde fundou o Centro Espírita Pedro. Casou-se e teve nove filhos. Em 1948, mudou-se para Santos onde frequentou o Centro Espírita Ismênia de Jesus. Antes dessa mudança encontrou-se com Francisco Cândido Xavier, pela primeira vez.

Manteve sempre grande zelo pelos princípios adotados por Kardec.    

Dedicou-se ao tratamento de casos de obsessão, chegando mesmo, por várias vezes, a levar doentes ao próprio lar, onde os hospedava junto de sua família.

 Desencarnou no dia 16 de junho de 1966, em Campos, cercado do carinho da família.

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Auta de Souza

Auta de Souza

Auta de Souza nasceu em 12 de setembro de 1876, em Macaíba, RN.  Aos três anos de idade ficou órfã de mãe e, um ano depois, de pai.

Auta e seus quatro irmãos foram criados pela avó materna, em Recife, onde foi alfabetizada por professores particulares. Sua avó, embora analfabeta, conseguiu proporcionar boa educação aos netos.

Aos onze anos, foi matriculada num colégio católico onde aprendeu Francês, Inglês, Literatura, Música e Desenho. Lia obras originais de Victor Hugo, Lamartine, Fénelon entre outros.

Aos doze anos, seu irmão desencarna por um acidente causado pela explosão de um candeeiro.

Auta teve que deixar o colégio, em razão do diagnóstico de tuberculose, aos 14 anos, mas continuou sua formação intelectual sozinha, tornando-se autodidata.

Começou a escrever poemas em 1893, em Macaíba. Em reuniões dançantes em residências de amigos, declamava versos de seus poetas preferidos, improvisando alguns.

A partir dos dezoito anos, passou a colaborar com várias revistas, periódicos e jornais da época, publicando seus poemas. Sua poesia passou a circular nas rodas literárias de todo o país, despertando grande interesse. Tornou-se a poetisa norte-rio-grandense mais conhecida fora do Estado.

 Auta encerrou seu primeiro livro de manuscritos, intitulado Dhálias, que mais tarde seria publicado sob o título de Horto, cujo prefácio foi escrito por Olavo Bilac.

Auta de Souza desencarnou em 7 de fevereiro de 1901, aos 24 anos, em Natal, em decorrência de tuberculose.

Foi em 1932, através de Chico Xavier que pela primeira vez revelou sua identidade, transmitindo suas poesias na primeira edição do livro Parnaso de Além-Túmulo.

Em 1936 a Academia Norte-Riograndense de Letras instalou a poltrona XX dedicada a Auta de Souza, em reconhecimento à sua obra.

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Frei Fabiano de Cristo

Frei Fabiano de Cristo

João Barbosa nasceu em Soengas, Portugal, em 8 de fevereiro de 1676. Sua infância foi simples: família pobre, cinco irmãs. Tomava conta do pequeno rebanho de ovelhas do pai.

Aos 28 anos, muda-se para a cidade do Porto onde se estabelece comercialmente. Com a febre do ouro no Brasil, decide partir para a região de Minas Gerais, onde adquiriu fortuna e mudou-se para Parati, no Rio de Janeiro. Fez parte da Irmandade do Santíssimo Sacramento e era conhecido em Parati pela sua generosidade.

Uma noite, depara-se com uma pessoa caída na rua vítima de assaltantes. Socorre-o encaminhando-o a uma estalagem e lá presta-lhe os socorros necessários. Durante a madrugada, através da boca do doente, escuta um chamado de Jesus Cristo para trabalhar em favor dos que sofrem.

Sem hesitar, doa todos os seus bens e se apresenta à portaria do Convento de São Bernardino de Sena, em Angra dos Reis.  Veste o hábito dos franciscanos trocando seu nome para Fabiano de Cristo.

Em 1705 é transferido para o Convento de Santo Antonio, no Rio de Janeiro, para exercer a função de porteiro. Condoía-se, particularmente, pelos pobres. Sempre havia um pedaço de pão, uma sopa, uma palavra certa, um sorriso tão luminoso, pronto e gentil, que os espíritos se desarmavam e se entregavam a Fabiano.

Por volta de 1708 recebe o cargo de enfermeiro e sem ter conhecimentos específicos trata dos necessitados, confiando na providência divina, através da caridade.

Realizou este trabalho no Convento durante aproximadamente 38 anos, apesar de trazer em si chagas de erisipela nas duas pernas. Nunca se ouviu dele o mínimo de queixa ou atitude de revolta, mesmo não havendo na época medicação que combatesse a dor ou a inflamação.

Em 14 de Outubro de 1747, com três dias de antecedência, prevê seu desencarne, avisando seus companheiros. Desencarna aos 71 anos, no dia 17 de outubro de 1747, mobilizando toda a cidade do Rio de Janeiro.