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Em homenagem a Chico Xavier

Em homenagem a Chico Xavier

Permita que o meu verso aqui registre

A pura candidez de tuas ternuras

Muito embora o sofrer das amarguras

Que o chão da terra impõe se administre!

 

Por amor a Jesus tu te apagaste

Em meio à ignorância deste mundo

Sorvendo a taça escura do contraste

Num esforço sincero e mais fecundo.

 

Em vão a sombra espessa te envolveu

Acenando com híbridas quimeras…

Estandarte das novas primaveras

Tua fé não vacilou e nem tremeu

 

Teu coração se fez em pouso santo

A iluminar os dias de descrença

A enxugar o mais pungente pranto

Dos pequenos do mundo em dor imensa.

 

A nova era enfim, Jesus de novo!

Trazendo pão e paz, luz e agasalho

Amar e esclarecer a alma do povo

É o ideal, teu lema de trabalho!

 

Por isto eu canto o pobre do meu verso

Sabendo que és tudo, menos cisco…

Para nós, tu serás sempre Francisco

O Cândido Xavier, do Universo.

 

 

Poema psicografado por Geraldo Lemos Neto em reunião pública no Centro Espírita Luz, Amor e Caridade em Belo Horizonte – MG na noite de 03 de abril de 2009.

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Sempre o bem

Sempre o bem

  Bendito sejas, coração amigo,

  Buscando construir e elevar para o bem

  Sem destacar a treva

  Nem ferir a ninguém.

 

  Deus te guarde na lei do auxílio que nos rege

  Sempre que te dediques a expressar-te,

  À Excelsa Providência determina

  Que a bênção do socorro esteja em toda parte.

 

  Quem de nós, aprendizes do progresso,

  Estará esquecendo orgulho, possessão, vaidade, força bruta?

  Sem o amparo de alguém que nos tolere

  E nos minore a luta?

 

  Não vale maldizer a sombra em torno,

  Basta a fim de arredá-la humilde vela acesa,

  Unir e melhorar, ajudar e servir

  São determinações da natureza.

 

  Um pântano qualquer pode fazer-se, um dia,

  Campina surpreendente, em fruto e flor,

  Mas não prescindirá de mãos amigas

  Que lhe estendam recurso, auxílio e amor…

 

  Fita a cachoeira em ápices de força…

  Sem alguém que lhe oferte o controle da usina.

  É grandeza de ação deficitária,

  Alto poder entregue à indisciplina.

 

  Certo bloco de mármore do monte

  Rolou a flagelar canteiros de verdura,

  Mas um artista a educá-lo, dia a dia,

  Dele fez obra-prima de escultura.

 

  Pensemos quanto a isso, alma querida,

  Estendendo a esperança, ante a força do bem;

  Quem procura no amor a elevação da vida,

  Não se detém no mal, nem censura a ninguém.

 

Maria Dolores

 

Livro Tempo de luz – Chico Xavier por Espíritos diversos

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Sempre com Jesus

Sempre com Jesus

Auta de Souza

 

Não te detenhas! Segue, alma querida,

Vara o próprio caminho em sombra e vento,

Resguarda o coração tranquilo e atento

E enriquece de amor o chão da vida.

 

Não te amargure o temporal violento

Que invade a Terra em fúria desmedida,

De esperança a esperança e lida em lida,

Dissiparás a angústia e o sofrimento.

 

Segue, plantando o bem por onde fores,

Deixando ao tempo o fel das próprias dores,

Por mais que a provação te envolva a estrada!…

 

Além da imensa noite, espessa e fria,

Cristo é o Divino Sol do novo Dia,

Anunciando a Nova Madrugada!…

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Apartes

Apartes

Não olvides que o silêncio
Vitória e virtude encerra.
Vencer sobre a própria língua
É mais que vencer a guerra.

Aprende a buscar proveito
Nas sombras de tua dor.
Muita vez, do esterco imundo
A planta retira a flor.

Mal vais se a louca ambição
É o gênio com que te isolas.
Quem muito estima a demanda
Acaba pedindo esmolas.

Esforça-te a prol do bem
E terás horas tranquilas.
O Senhor espalha as nozes
Mas o homem deve abri-las.

Nossa vida deve ser
Fonte cantando à bondade.
Água estanque e sem proveito
É cofre de enfermidade.

Trabalha constantemente
Se procuras luz e paz.
O tédio é a chaga invisível
Daquele que nada faz.

Voa o tempo como o vento,
Dia a dia, hora por hora.
Se queres felicidade,
Faze o bem, aqui e agora.

 

Livro: Gotas de luz

Casimiro Cunha psicografado por Francisco Cândido Xavier

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Legenda sublime

Legenda sublime

Alma querida, na Terra,
Se alguma prova te alcança,
Não te percas de esperança,
– Luz da fé sempre a brilhar…
Nas crises mais dolorosas,
feitas de dores extremas,
Nunca te aflijas. Não temas,
Nem deixes de confiar.

Se o pessimismo aparece,
Mostrando trevas e males,
Nada comentes, nem fales
Fora da crença no Bem;
Pensa em Deus, lembrando o Sol
Que, em tudo, acalenta a vida,
Do sábio à erva escondida,
Sem menosprezar a ninguém.

Nas mágoas, nos desenganos,
Nos desgostos, nas doenças,
Nas horas duras ou tensas,
Em que te dás ao dever;
Na menor tribulação,
Muito mais que se imagina
A Providência Divina
É luz a te socorrer.

Se sofres, não esmoreças,
Trabalha e serve, alma boa,
Seja onde for, abençoa
Ao lutas em derredor;
Na alegria ou no infortúnio,
Guarda na fé que te anime
Esta legenda sublime:
– Deus nos dá sempre o melhor.


Livro Coração e vida – Maria Dolores por Chico Xavier

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Regra da Paz

Regra da Paz

Casimiro Cunha

Se queres felicidade,
Apoio, harmonia e luz,
Atende às indicações
De Nosso Senhor Jesus.

Começa o dia pensando
No que o dever determina
E roga, em prece, o roteiro
Da Providência Divina.

Ergue-te cedo e, se falas,
Fala a palavra do bem,
Auxilia a quem te ouça,
Não penses mal de ninguém.

Se existe algum desarranjo
Em teu distrito de ação,
Conserta sem reclamar,
Não te lamentes em vão.

Trabalha quanto puderes
Que o trabalho é vida, em suma…
O tempo, igual para todos,
Não para de forma alguma.

Se alguém te ofende, perdoa.
Quem de nós não pode errar?
Não há quem colha perdão
Se não sabe perdoar.

Trilhando a estrada sombria
De prova, rixa, pesar,
Acende a luz da concórdia
E ajuda sem perguntar.

Problemas? Dificuldades?
Aprendamos dia-a-dia
Que a bondade tudo entende,
Quem serve não se transvia.

Onde a tristeza se espalha
E a vida se ilude ou cansa,
Sê caridade, consolo,
Serenidade, esperança…

E, chegando cada noite
Por sobre os caminhos teus,
Dormirás tranquilamente
Na bênção do amor de Deus.

Livro Poetas Redivivos
Espíritos diversos psicografado por Chico Xavier

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Carta de Ano Bom

Carta de Ano Bom

(Casimiro Cunha)

 

Entre um ano que se vai

E outro que se inicia,

Há sempre nova esperança,

Promessas de Novo Dia…

 

Considera, meu amigo,

Nesse pequeno intervalo,

Todo o tempo que perdeste

Sem saber aproveitá-lo.

 

Se o ano que se passou

Foi de amargura sombria,

Nosso Pai nunca está pobre

Do pão de luz da alegria.

 

Pensa que o céu não esquece

A mais ínfima criatura,

E espera resignado

O teu quinhão de ventura.

 

Considera, sobretudo

Que precisas, doravante,

Encher de luz todo o tempo

Da bênção de cada instante.

 

Sê na oficina do mundo

O mais perfeito aprendiz,

Pois somente no trabalho

Teu ano será feliz.

 

Não esperes recompensas

Dos bens da vida terrestre,

Mas, volve toda a esperança

À paz do Divino Mestre.

 

Nas lutas, nunca te esqueças

Deste conceito profundo:

O reino da luz de Cristo

Não reside neste mundo.

 

Não olhes faltas alheias,

Não julgues o teu irmão,

Vive apenas no trabalho

De tua renovação.

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Oração da Amizade

Oração da Amizade

Agradeço Senhor,

Cada afeição querida
Com que me deste a vida
Alegria, esperança, entendimento, amor!…

Enaltece, por mim, a amizade que vem
Resguardar-me a fraqueza em caridade infinda,
Sem perguntar porque não posso ainda
Entregar-me de todo a prática do bem.

Sê louvado, Jesus, pela criatura boa
Que me escora no caminho,
Estendendo-me paz, reconforto e carinho
Toda vez que me encontra, auxilia ou perdoa.

Faze brilhar, no mundo, o olhar brando e perfeito
Que me tolera as faltas, de hora a hora
Que me percebe o anseio de melhora
E me ensina a servir sem notar meu defeito…

Santifica, na terra, o ouvido que me escuta,
Sem espalhar a queixa e as aflições que faço,
Nos erros que cometo, passo a passo,
Nos meus dias de mágoa, sombra e luta!…

Abrilhanta, onde esteja, aquele coração
Que me acolhe nos dons da palavra serena
E nunca me censura e nem condena,
Quando me vejo em treva e irritação.

Recama de esplendor para a Glória celeste
A mão, cuja bondade, em júbilo, proclamo,
Que me socorre e ampara aqueles que mais amo
No refúgio do lar que me fizeste.

A Ti, Jesus, meu pálido louvor!…
Pelo gesto mais leve e pequenino
Das santas afeições que me deste ao destino,
Agradeço Senhor!….

 

Livro Antologia da Espiritualidade

Chico Xavier pelo Espírito Maria Dolores

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Perdão

Perdão

Se o mundo agrava os problemas

Da prova que te retém,

Vencendo sombras e entraves,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Caminhas de peito em chagas,

Sem mão amiga de alguém;

Todavia, embora a angústia,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Pelo auxílio que estendeste,

Recebes a dor; porém,

Sublimando a própria vida,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Suplicas de toda a parte

O apoio que nunca vem;

No entanto, não desesperes,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Recolhes, por onde vais,

Derrotas, mágoas, desdém…

Mas, se esperas por vitórias,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Oferta o melhor que possas,

Sem mesmo saber a quem.

Se a maldade surge em torno,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Ponderando ou comentando,

Foge ao fel que o mal contém.

E ainda que o mal te fira,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Padeces ingratidões,

No sonho que te sustém;

Contudo, segue adiante…

Perdoa, fazendo o bem.

 

Nos teus brados por socorro,

Toda resposta é: ninguém.

Mesmo assim, onde estiveres,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Desafio ao coração:

É luta que não convém;

No exemplo da fonte humilde,

Perdoa, fazendo o bem.

 

Ante a divina ascensão,

Hoje e agora, aqui e além,

Quem segue com Jesus Cristo

Perdoa, fazendo o bem.

 

Por: Casimiro Cunha

Livro: Pássaros Humanos – psicografado por Francisco Cândido Xavier

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Carta aos Discípulos

Carta aos Discípulos

Se és discípulo sincero
Do Evangelho de Jesus,
Não deponhas no caminho
O peso de tua cruz.

Pelo fato de estudantes
Nesse roteiro de amor,
Encontrarás na tarefa
O cálice de amargor.

É que quanto mais te eduques
Nos esforços da ascensão,
Mais sofrerás com o duelo
Do egoísmo e da ambição.

Pensando no Amado Mestre,
Ponderando-Lhe a bondade,
Hás de chorar, vendo o mundo
No abismo da iniquidade.

Terás dor, porquanto, em paz,
Nunca feres, nem odeias.
Sentido contigo próprio
As amarguras alheias

Vai com fé pelo caminho,
Leva a charrua na mão,
Trabalha, aguardando o Cristo
No fundo do coração.

Desconfia da lisonja.
Esquece o que te ofender.
Coloca, acima dos homens,
O que te cumpre fazer.

Sê modesto. Há sempre últimos
Que no céu serão primeiros.
Conta sempre com Jesus
Acima dos companheiros.

Um amigo terrestre pode
Ir com tua alma ao porvir,
Mas inda é o homem do mundo
Sempre disposto a cair.

Recebe com precaução
Quem te venha agradecer.
Por muita coisa que faças
Não fazes mais que o dever.

A palavra sem os atos
É um cofre sonoro e oco.
Evita o que fala muito
E edifica muito pouco.

Sê desprendido da posse,
Mas, conserva os bens da luz.
O discípulo conhece
Que ele próprio é de Jesus.

Nunca sirvas às discordias,
Ao despeito, à confusão.
Deves ser, por onde passes,
Ensino e consolação.

Sabendo que nada vales
Sem o amparo do Senhor,
Conquistarás no futuro
O seu Reinado de Amor.

Livro: Cartas do Evangelho

Francisco Candido Xavier pelo Espírito Casimiro Cunha